No 3º diário de viagem pelo Japão, nós visitamos os vibrantes bairros de Shinjuku, Harajuku, Shibuya e Akihabara. Cheio de surpresas, organização e sutilezas, o Japão e a forma de viver dos japoneses é bem diferente da nossa ocidental. Em apenas 3 dias, já fiquei apaixonada e querendo morar lá.
Tudo parece funcionar perfeitamente. Tóquio deve ser a cidade mais limpa do mundo, mesmo tendo uma das maiores populações do planeta. Todo mundo parece fazer o que deve ser feito. Claro, eu sei, nada é perfeito, mas observar e conviver um pouco, mesmo que como turista, com essa cultura tão rica é uma grande experiência.
E nada como uma viagem para nos dar disposição e acordar cedo, não é mesmo?!
Roteiro do dia: Shinjuku, Harajuku, Shibuya e Akihabara
Acordamos por volta das 06h30 (três mulheres e um banheiro para se arrumar) e estava muito ansiosa para conhecer mais de Tóquio e encontrar dois amigos, o Leonardo e a Alice (Jidenshaotoko), que moram no Japão há algum tempo.
Olhando pela janela do quarto, já dava para ver que estava muito frio (uns 11 ou 12 graus), mas com um sol muito lindo (uma das coisas que gostei no clima do Japão)! Nos agasalhamos bem, pois o roteiro do dia seria longo e só voltaríamos à noite. Ao contrário das minhas amigas, eu não gosto muito de frio, então caprichei nas blusas e calças por baixo e me senti com 5 quilos a mais!
Nosso encontro com eles foi em frente ao nosso hotel e a Alice, gentilmente, programou nosso roteiro:
- Passeio no Shinjuku Gyoen Park e almoço perto da estação
- Lojas em Harajuku
- Atrações famosas de Shibuya
- O bairro de Akihabara
Shinjuku Gyoen Park
O dia começou com um passeio no Shinjuku Gyoen Park, que fica próximo à estação de Shinjuku, do lado norte. Está entre os maiores e mais famosos parques de Tóquio e agora, na primavera, é um excelente lugar para apreciar as flores de cerejeira (Sakura). Há mais de 12 tipos diferentes de cerejeiras no parque e ainda há uma estufa com flores de outros lugares do mundo.
No outono, o parque também tem uma paisagem muito bonita, com a troca de folhas das árvores. É dividido como Jardim Japonês, Jardim Francês e Jardim Inglês, além de lugares para comer e centro de informações. O parque abre às 9h, a entrada custa 200 yen, e havia guardas revistando bolsas e mochilas. Não sei se isso acontece sempre, mas era sábado e época do hanami, então, naturalmente, havia mais gente do que o habitual.
O parque é imenso e muito lindo, com paisagens que parecem de papel de parede do Windows, só que melhor! haha. O lugar já estava cheio e muitas outras pessoas chegando. Nesses lugares, sempre tenho vontade de sair pulando e correndo, como se não houvesse amanhã e nem volta para casa.
Mais um dia querendo morar em Tóquio
É curioso ver, mais uma vez, o contraste da natureza, beleza e calma do parque e, ao redor, os prédios modernos. Conversamos bastante com a Alice e o Leonardo sobre como é morar no Japão. É bem diferente estar lá e ver como é a cultura deles, como é o dia a dia, seus prós e contras, que para mim tem muito mais prós!
Em algum momento do nosso passeio, reparei em um prédio de tijolos vermelhos, muito charmoso, bem na avenida do parque. Várias vezes me pegava olhando pra ele. Então, a Nádia veio me mostrar o mesmo prédio, dizendo que achou ele lindo e queria morar ali. Achei isso uma grande sincronia. Na mesma hora, já nomeamos esse prédio nossa morada no Japão (algum dia, quem sabe…).
Depois de um bom tempo passeando, fomos almoçar no Jonathan’s, um restaurante entre a estação e o parque. E não, não comemos sushi nem sashimi. Tem restaurante de todo tipo em Tóquio. Eu pedi hambúrguer, com salada, batata-frita e arroz. Havia outros tipos de carne e acompanhamentos, bem parecidos com os daqui. Nesse restaurante, podíamos repetir o refrigerante se quiséssemos. Nosso amigo indicou uma bebida diferente, rosada, mas não dá pra explicar o gosto, pois não tem nada parecido no Brasil.
Em seguida, fomos para a estação de Shinjuku e seguimos para Harajuku.
Linha Yamanote da JR em Tóquio
Shinjuku, Harajuku, Shibuya e Akihabara são estações que fazem parte da linha de metrô Yamanote da JR, uma das principais e mais usadas de Tóquio. Várias atrações turísticas de Tóquio estão perto dessa linha. Se você comprar o JR Pass (Japan Rail Pass), pode usar as linhas da JR quantas vezes precisar sem pagar mais nada, durante o tempo do passe.
Harajuku
Uma ótima ideia para o fim de semana em Tóquio é passear pelas ruas de Harajuku e ver as lojas, observar os estilos excêntricos que desfilam por lá, aproveitando para fazer umas compras. Harajuku é o lugar de moda e cultura jovem (para muitos, é estranha haha) de Tóquio. Todos aqueles japoneses que se produzem, com maquiagem e roupas excêntricas, devem com certeza passar por aqui!
Saindo da estação, parecia que estávamos na 25 de março japonesa, igualmente cheia! A principal rua chama-se Takeshita Dori, tem lojas de roupas de todo tipo, acessórios, artigos de colecionadores, a maioria com produtos excêntricos, estilo Lolita ou Gothic Lolita e tem loja de 100 ienes (tipo R$ 1,99) que realmente custam 100 ienes. São 3 ou 4 andares, com coisas pra casa, cozinha, brinquedos, roupas, tranqueiras, maquiagem, de tudo.
Eu realmente achei que tinha muita gente em Harajuku, mas na próxima parada, Shibuya, tinha ainda mais.
Shibuya
Em pleno sábado à tarde, Shibuya estava fervendo, até para entrar e sair da estação tinha fila. Fiquei imaginando como é o movimento à noite! O bairro parece uma mistura de Shinjuku e Harajuku, parece ser a “Meca” dos descolados, reunindo o melhor do entretenimento para a juventude da cidade.
Saindo da estação de Shibuya, o que todo mundo quer ver quando chega, é quando o sinal de pedestres abre e um mar de gente começa a atravessar. Tem a faixa de pedestres mais movimentada do mundo. Interessante que ninguém esbarra, nem empurra, tudo de forma civilizada.
E é em Shibuya que fica a estátua do famoso Hachiko, o cachorro mais famoso do Japão, ponto de encontro favorito, que exibe o cão que esperou pelo dono na estação, todas as noites, por quase uma década depois da morte dele (do filme Sempre ao seu lado, com Richard Gere).
Parada para descansar e tomar um lanche, com direito a suco de laranja vermelha, numa lanchonete charmosa. Depois, nossos amigos nos mostraram uma loja chamada Book Off. É uma loja onde vendem CDs, DVDs, livros e mangás usados com um preço bem legal. Tem em vários lugares. São itens usados, mas em ótimo estado, a maioria parece novo. Ficamos caçando várias coisas, rodando pela loja e querendo comprar tudo, muita coisa que é difícil achar no Brasil.
Akihabara
Dá uma emoção, uma alegria de escrever e é difícil descrever… Akihabara é cheia de edifícios de letreiros luminosos, com galerias especializadas em eletrônicos, computadores, mangás, animes e figure actions. São lojas e mais lojas, mas é MÁGICO e me senti muito à vontade. Poderia passar o dia todo e ainda assim teria mais coisas pra ver, comprar, olhar.
Aqui tem os maiores lançamentos do mundo e linha de produtos lançados há 50 anos atrás. Há telões e outdoors enormes com propagandas de animes e tudo o mais, luz e cor pra todo lado. Tanta coisa pra ver, uma agitação imperdível! Muitas lojas são estruturadas em edifícios, ou seja, você vai achar um edifício inteiro só de animes e mangás ou games.
Fomos à famosa loja de eletrônicos, Yodobashi. São oito andares de produtos eletrônicos, para nerd nenhum botar defeito! Os preços são bons, não tão baratos como nos EUA (época de dólar baixo), mas bem mais baratos do que aqui no Brasil. Se eu pudesse, tinha comprado muito, vale a pena. Babei muito nos produtos da Apple, nas câmeras da Nikon, tem um andar só com figure actions e jogos! Na verdade, tem um andar pra cada área e o último tem restaurantes.
Infelizmente, o dia estava acabando e estávamos exaustos. Depois de comer e ver qual seria a melhor forma de voltar para Shinjuku, nos despedimos e agradecemos ao Leonardo e à Alice, que nos mostraram lugares incríveis!
Dicas e Conclusão
Para passear o dia todo, use somente sapatos muito confortáveis, tênis para caminhada, o que há de melhor!
Depois de explorar os bairros de Shinjuku, Harajuku, Shibuya e Akihabara, chegamos ao hotel acabadas, com os pés, as pernas, as costas detonadas haha (só rindo agora). Um banho, roupa confortável e ficar descalça foi tudo na minha vida!
Nádia e eu, guerreiras, ainda planejamos o roteiro do dia seguinte, pois ainda tinha muita coisa para ver e pouco tempo em Tóquio.
Gostaram do diário de viagem sobre os bairros de Shinjuku, Harajuku, Shibuya e Akihabara? Deixe um comentário aqui!
Veja também nosso 2º diário de viagem pelo Japão e acompanhe mais nossa jornada por esse país incrível!