Shinjuku, Tóquio, Japão é o ponto de partida do 2º diário de viagem pelo Japão. O dia começou num ritmo mais devagar, de adaptação de fuso-horário. Apesar de ser minha primeira viagem longa de avião, não tive grandes problemas.
Hospedagem no Shinjuku Washington Hotel
O nosso quarto no Shinjuku Washington hotel era pequeno, sem armário, sem café da manhã, mas bem aconchegante.
Além disso, o serviço de quarto era excelente, mas a internet era a cabo ainda, wi-fi só nas áreas perto do térreo.
O banheiro foi o mais curioso até o momento, uma privada “multifuncional”, com assento aquecido, descarga automática, vários botões e até um musiquinha (não sei até hoje por que ligava sozinha haha).
No entanto, o hotel tem uma excelente localização e é barato, é enorme e possui diversos serviços, acho que 1 ou 2 andares de restaurantes e lojas. Recomendo muito.
Nosso quarto de hotel
Primeiras impressões de Shinjuku
Saímos depois do horário de almoço e estava sol, mas muito frio! O Hotel tem várias saídas, algumas delas subterrâneas, tanto para a rua quanto para o metrô e outros prédios.
Bom, nosso plano original era visitar a Disney, porém achei que já era tarde e não íamos aproveitar tudo. Além disso, era longe, então resolvemos andar pelo bairro de Shinjuku.
O que mais chama atenção em Shinjuku são os prédios lindos e modernos. Por exemplo, o Edifício do Governo Metropolitano de Tóquio é um dos que mais chamam a atenção, tem um observatório, que dizem dá pra ver a baía de Tóquio, até o Monte Fuji.
A princípio achei que era um bairro somente com edifícios bonitos e altos, lojas super luminosas, vida noturna ativa e tal, todavia, sempre há um parque ou jardim enorme com flores, plantas e árvores lindas e bem cuidadas.
Mapa de Shinjuku. Fonte: Japan Guide
Como não ficar encantada com essas ruas?!
Sill e Erika, pausa para foto!
Tão grande que foi difícil enquadrar na foto
Descobrindo o Shinjuku Chuo Park
Durante nossa caminhada, encontramos o Shinjuku Chuo Park, que fica atrás do edifício do governo. Inicialmente, não parecia um parque grande, porém, quando entramos, vimos um parquinho com muitas crianças brincando em um grande escorregador e descobrimos que o parque era enorme!
Era início de primavera, época do hanami, que significa contemplar as flores de cerejeira, ou sakura, um costume tradicional na primavera por todo o Japão.
Pelo mapa você já vê o tamanho do parque
Desse tamanho até eu queria ir nesse escorregador
Existe uma previsão da agência meteorológica de quando as árvores de cerejeiras irão florescer em cada lugar do Japão.
Esse é um costume que vem de séculos e tem o significado de renovação, de recomeço. Os japoneses costumam fazer uma reunião ou festa ao ar livre, estendem lonas e fazem piquenique durante o dia ou à noite.
Foi incrível participar disso, ver toda a beleza e a festa dos japoneses. Inesquecível!
Caminhos do Chuo park
Pessoal chegando cedo pra reservar lugar embaixo das cerejeiras
Não conseguia parar de tirar fotos
Algumas flores são rosa mais claro outras mais fortes
No parque ainda achamos um templo, que a Nádia acredita ser xintoísta, ela nos ensinou a reverenciar o altar e fazer um desejo no sino grande.
Além disso, o templo tinha uma espécie de museu pequeno, no mesmo pátio e em frente estavam algumas alunas de uniforme escolar, que me fizeram lembrar dos animes e mangás que tanto adoro!
Avistamos perto do templo, até um casal em trajes tradicionais de casamento, tornando a experiência ainda mais especial.
O parque tinha ainda algumas pontes que passavam por cima das avenidas e uma cascata, tudo muito limpo e com plantas e flores bem cuidadas.
Kumano Shrine
Jardim em volta do templo
Cachoeira do shinjuku chuo park
Depois de umas horas, voltamos para o hotel e no caminho a Silvia viu uma praça, que ela tinha certeza de ter visto em um dorama (drama japonês) hahaha… pensando agora me arrependo de ter começado a assistir doramas só depois dessa viagem.
Explorando o metrô e a vida noturna em Kabukicho
Nesta época estava acontecendo o evento de comemoração dos 15 anos do mangá One Piece, e claro, queríamos comprar os ingressos.
Após uma pesquisa na internet, achamos que um ponto de compra ficava no bairro de Jimbocho (bairro entre o palácio imperial e Ueno).
Nos aventuramos e fomos até a estação de Jimbocho, andamos nas ruas ao redor, mas não era por lá. Pelo menos aprendemos a comprar os bilhetes de metrô. Fiquei feliz com isso haha!
Voltamos ao hotel e nos agasalhamos mais para poder continuar nosso tour por Shinjuku, decidimos explorar outras ruas perto da estação (que é enorme) e então achamos “O” lugar!
Ruas principais de Shinjuku
Ruas coloridas, luminosas e cheias de gente! Estávamos em Kabukicho, uma região com diversos bares, night clubs, restaurantes, motéis, karaokê, pachinko (caça-níqueis).
Outras eram lojas de máquinas para caçar pelúcias, bonequinhos e tranqueiras, ou seja, é um lugar de diversão e perdição de dinheiro!
Encontramos uma máquina de fotos instantâneas, chamada Purikura, cheia de cores, mensagens e efeitos, nos divertimos muito, tentando tirar fotos nessa máquina!
Muito engraçado, principalmente porque nem sempre sabíamos o que era pra fazer, na hora de editar e colocar desenhos nas fotos, estava quase tudo em kanji, a gente saía apertando tudo com a caneta!
o difícil era não entrar em lugar errado!
Night in Kabukicho
Olha a tela pra editar as fotos, dá pra deixar os olhos grandes como nos mangás
Um bairro que não dorme
Ficamos nessa região até depois da meia-noite e as ruas ainda estavam bem movimentadas. Foi curioso ver que a estação de Shinjuku ainda estava cheia.
Muitos trabalhadores japoneses estavam saindo do trabalho, enquanto muitos deles se divertiam no bairro também.
Após um dia repleto de novas experiências, voltamos ao hotel e, no caminho, passamos na loja de conveniência. Compramos nosso café da manhã e, além disso, Nádia e eu compramos cervejas japonesas (pinguças no Japão haha).
Posso dizer que a cerveja era boa, um pouco mais amarga! Definitivamente, depois desse dia posso dizer que poderia facilmente morar no Japão! (Inclusive, depois achei até o apartamento que poderia morar em Shinjuku, nos meus sonhos era perfeito! haha).
“Viajar nos transforma, às vezes de modo superficial, às vezes de maneira profunda. É como uma sala de aula sem paredes” , Patricia Schultz.
Leia agora o 3º diário de viagem pelo Japão ou se chegou aqui agora, veja meu 1º post da viagem pelo Japão ou a lista de posts completa aqui.
