Nara – 8º diário de viagem pelo Japão

PrNeste 8º diário de viagem pelo Japão, vamos explorar Nara, primeira capital do Japão. A cidade oferece uma mistura encantadora de cultura tradicional, templos antigos e belas paisagens naturais.

Vamos explorar um pouco mais da cultura tradicional, os templos e lugares encantadores. Além disso, possui ótimos lugares para ver o florescer da sakura.

Um dia todo dedicado à Nara

O dia começou com clima indefinido, mas logo ficou ensolarado, com temperatura agradável! Acho que pela primeira vez, podíamos andar sem casaco de frio, algo entorno de 21 graus.

Logo cedo, separamos um tempo para falar com nossas famílias, mandar notícias, postar fotos. O fuso horário atrapalha nisso, pois chegávamos perto de meia noite e meio dia no Brasil. Normalmente, ninguém estava on-line ou conversávamos cedo (8 ou 9 da noite no Brasil).

Como chegar em Nara?

O principal meio de chegar em Nara é de trem, pela estação JR Nara e a Kintetsu Nara, onde também fica o centro da cidade.

De trem saindo de Osaka são 1h15 até Nara. E saindo de Kyoto leva-se 50 minutos. O melhor da cidade é para conhecer a pé, a caminhada é longa, mas vale apena. Chegando na parte da manhã é possível aproveitar bastante, satisfação garantida.

O que fazer em Nara?

Nara, como mencionado, foi a primeira capital do Japão, durante 74 anos. Portanto, se tornou um centro do budismo, abrigando alguns dos maiores e mais antigos templos do Japão. A cidade é cercada por florestas, montanhas e inspira tranquilidade. Uma ótima opção é começar pelo Nara Park, próximo às estações de trem, onde você encontrará a maioria dos templos e santuários.

O antigo bairro de Naramachi, fica no centro, ou seja, a caminho do Nara Park, e possui diversas casas tradicionais de comércio (Machiya). Algumas do século 18 e 19, que viraram galerias e lojas de artesanato.

O Nara Park é enorme e abriga mais de 1.000 veados (ou cervos), que são mansos e andam livremente pelo parque e até pela cidade. Além disso, esses animais são considerados sagrados pela crença xintoísta, sendo vistos como mensageiros dos deuses.

Logo na entrada do parque, encontramos o Templo Kofuku-ji, datado de 669. Embora muitas partes tenham sido reconstruídas, o pagode de cinco andares e as coleções de arte budista são impressionantes.

O templo mais famoso de Nara é o Todai-ji, um complexo que inclui o Salão do Grande Buda, concluído em 752, que abriga uma estátua de 16 metros de altura. Além disso, há também importantes acervos japoneses

 

mapa de Nara

Voltando ao diário de viagem

Chegamos em Shin-Osaka para pegar o trem para Nara, habilitamos nosso JR Pass de 7 dias (Falei dele aqui), rodamos um pouco para entender como eram as linhas de trem de Osaka, mas beleza, nos achamos! Agora sim, estava ansiosa para ver ao vivo o que vi nos livros e fotos pela internet.

A cidade de Nara é muito agradável, realmente com ares de “Japão antigo”, muitas construções antigas foram preservadas, tinham muitos visitantes estrangeiros e japoneses andando pela cidade, alguns chineses também. Ao longo do caminho uma ou outra sakura florida, mas no parque haviam muitas, uma mais linda que a outra!

Saindo da estação é possível ver sinalização indicando a direção do parque ou outras atrações, vimos um pouco do centro antigo da cidade, Naramachi, depois passamos pelo templo Kofuku-ji, que fica bem no início do parque.

nara

Ares de cidade do interior

Florida fica ainda melhor

Templo Kofuku-ji

templo e pagoda nara

Muita gente visitando, difícil tirar fotos sem cabeças aparecerem haha

nara

“Eu vi que você não comprou biscoito”

Nádia com receio dos veados

Nádia com receio dos veados

Tori de entrada do parque

Museu de arte de Nara

 

Chegando ao Todai-ji

mais do parque

 

Chegando ao Todai-ji

Esses veados são espertos e já vão procurando cheiro de biscoito

Explorando o parque e o Templo Todai-ji

Além dos lindos jardins e do Museu Nacional de Nara, encontramos muitos veados andando livremente. O parque é lar de mil veados, algo que ocorre em outros lugares perto de templos. Eles são dóceis e só atacam se se sentirem ameaçados. Ademais, é possível comprar um tipo de biscoito para eles. É muito legal, pois os carros param para eles atravessarem a rua, inclusive na faixa!

Depois de andar bastante, avistamos um grande portal de madeira, o Portão de Nandaimon, com duas estátuas gigantes de olhar feroz. Ao longo do caminho, vimos muitos estudantes japoneses em excursão e outras pessoas visitando, tornando o local bem movimentado.

Passando o portão, conseguimos ver o prédio de entrada para o templo. Tinha visto fotos do templo e do jardim, contudo, nada se compara a ver pessoalmente. Primeiro, prendi a respiração e depois exclamei: “Nossa… que lindo!”. A visão é fascinante: um jardim perfeito com cores vivas e aquele templo imponente e cheio de histórias! Demais!

Muita gente entrando e saindo do templo

E vários estudantes também

Chegando ao 1º portão do templo

Os templos geralmente fecham às 17hs na primavera

Entrando no templo

O Templo budista Todai-ji possui um salão principal enorme com um Grande Buda de 16 metros de altura, fundido em bronze, a maior imagem existente em bronze. Ele sofreu com terremotos e sua cabeça já foi deslocada por um, mas não perdeu sua imponência. Ao seu lado, há outras duas imagens menores.

Além disso, tudo é fascinante: o telhado, as vigas de sustentação enormes e os objetos em volta do Buda! Incrível pensar em como tudo isso foi feito em um tempo tão antigo. Em suma, Nara é um destino que une história, cultura e beleza natural, oferecendo uma experiência inesquecível.

De longe nem parece tão grande, mas de perto…

Salão do grande Buda e sua imponência

Orientais sabem como fazer jardins

Prestem atenção no tamanho das pessoas e do portão!

O grande buda

 

Erika e o grande buda

Momentos Divertidos e Surpreendentes

Após visitar o templo Todai-ji, caminhamos de volta para a estação, entramos em uma galeria e algumas ruas do caminho, assim, quando chegamos na bela estação de Nara já havia anoitecido.

Uma das coisas mais gostosas dessa viagem foi me surpreender com coisas simples e bobas e dar risadas com elas. Por exemplo, paramos para comprar bebidas na máquina e encontramos latas com tema do Dragon Ball!

Nádia e eu piramos e lógico queríamos comprá-las mesmo sem saber qual era a bebida (depois descobrimos que era refrigerante de laranja). Então, compramos umas 3 latas, acho que vou guarda-las de lembranças, dá pra fazer porta-lápis de recordação.

A cada máquina de bebidas uma surpresa!

Japoneses capricham em tudo

Caminho de volta

Para finalizar foto das nossas latas de refri com tema do Dragon Ball haha

Lata do Gohan e do Kaio-sama

Quando a lata caiu da máquina de bebidas, descobrimos que tinha não só a do Goku, mas de outros personagens de Dragon Ball e eram sortidas. Nádia pegou a do Gohan e eu do Sr. Kaio, confesso me decepcionei, queria a do Goku, mas isso mudou depois!

Aguardem os próximos diários de viagem pelo Japão.

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Erika Silva

De boa e tranquila por fora, ansiosa e planejadora por dentro. É designer gráfico, na casa dos trinta anos, amante de filmes, séries, desenhos, música, chocolate com coco, livros e sobremesas.

Eu te ajudo a cair na estrada também!

Alguns serviços que eu utilizo e que me ajudam e me fazem economizar nas minhas viagem

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3 Comments

  1. Zelita disse:

    Em 2013 fui ao Japão e também voltei maravilhada com o que vi. Nara, então, é um encanto. Uma curiosidade sobre a escultura do Buda. Primeiro, fizeram a escultura e depois o templo! it
    Gostei muito dos posts e admiro vocês, no Japão, sem falar japonês. Eu também sou messiânica, como uma de vocês, e fui em uma excursão, que acontece todos os anos, com guias que falam português e japonês. Obrigada por compartilhar as viagens! Abraço!

    • Erika Silva disse:

      Viajar com guia deve ser muito bom tb, para conhecer bem as coisas, em alguns momentos não nos arriscamos por causa de não saber japonês.
      Interessante isso sobre o Buda, Obrigada por compartilhar!

  2. […] e Miyajima – 13º diário de viagem pelo Japão Castelo de Osaka – 12º diário de viagem Nara – 8º diário de viagem pelo Japão […]

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