Depois de um passeio bem cedo pelo Castelo de Osaka, nosso destino agora é Hiroshima e Miyajima, o roteiro do dia é longo e tem muito lugar para conhecer. É possível conhecer os dois destinos em 1 dia, chegando bem cedo na região. Vem comigo!
Como chegar em Hiroshima e Miyajima?
Partindo de Osaka ou Kyoto, de trem bala para a estação de Hiroshima, são cerca de 1h30 a 2hs de viagem, pode variar dependendo do trem e da quantidade de paradas pelo caminho.
De Tóquio são 4hs de viagem com o trem bala mais rápido (Nozomi) ou 5hs com outros trens (Hikari ou Sakura), a viagem fica bem mais corrida e cansativa, mas os trens são bem confortáveis.
É possível consultar os horários, rotas e preços dos transportes no site Jorudan.
Lembrando que eu utilizei o Japan Rail Pass, comprado no Brasil, o passe para estrangeiros do trem bala e linhas de metrô da JR.
Sem o passe essa ida a Hiroshima custaria 11,410 yen (uns R$350), como já disse antes aqui, vale a pena comprar o JR Pass se você pretende visitar várias cidades no Japão, só não é possível usar o passe no trem Nozomi.
Para ir até a ilha de Miyajima da estação de trem de Hiroshima, o melhor caminho é pegar a Sanyo Line (incluido no JR PASS) e vá até a estação Miyajimaguchi, leva-se em torno de 25 minutos e custa 410 yen.
Lá você pega um ferry boat da JR (também incluido no JR PASS) e e em 10 minutos chega até a ilha de Miyajima.
O barco é grande e bem seguro, tem vários horários de saída e está incluso no JR Pass.
Conhecendo Hiroshima
Por motivos lamentáveis Hiroshima dispensa apresentações, acho que todo mundo a partir de certa idade já ouviu falar da cidade.
Milhões de pessoas visitam Hiroshima, a cidade que foi atingida pela bomba atômica em 1945, em que tantas pessoas foram eliminadas em instantes.
Como atração turística pode até ser um clichê, no entanto pode causar muitos sentimentos inesperados, não só de tristeza ou indiferença, mas a reconstrução da cidade deixa um lado positivo na visita, fazendo valer muito a pena visitar esta cidade.
Há alguns dias atrás estava difícil decidir nosso roteiro para essa região do Japão, são tantas coisas legais, lugares incríveis, fotos lindas e foi unânime para nós três que tínhamos que ir visitar Hiroshima e Nagasaki.
Infelizmente, não deu tempo de ir à Nagasaki, é bem longe, mas Hiroshima e a ilha de Miyajima já valem a pena.
Chegamos na estação principal de Hiroshima e nosso primeiro destino na cidade seria o Parque Memorial da Paz (Peace Memorial Park), há uma linha de ônibus para o parque, mas tinham várias saídas na estação e ficamos meio perdidas.
Quando estávamos olhando o mapa, eis que surge, do NADA, um guarda japonês oferecendo ajuda, tomamos um baita susto! Haha
Ele não falava inglês, mas fez sinal indicando o caminho pra gente, bem simpático e prestativo, como tínhamos o nome anotado, ficou mais fácil.
Pegamos um ônibus eléctrico (ou bonde não sei) para a estação mae Genbaku-Domu, você pode pegar a linha 2 ou 6, leva uns 10 min. e custa 150 yen até o parque, tem muitos ônibus elétricos em Hiroshima e as paradas são identificadas.
Parque Memorial da Paz
Sem dúvida o Parque Memorial da Paz é o ponto mais visitado de Hiroshima, ele é enorme e mesmo quem não está lá para visitá-lo deve se deparar com ele em algum momento.
Quando descemos do ponto, não é possível ver muito dele, havia uma escultura e uma placa onde está escrito sobre o parque e a guerra, chegamos pelo lado da cúpula da bomba.
De um lado nós vemos um rio tranquilo, com pessoas passeando, na margem um jardim bonito, quando se olha para trás se vê um prédio destruído, é a cúpula da Bomba-A.
Ali a alguns metros acima é o exato lugar onde a bomba explodiu, a Unesco transformou em patrimônio da humanidade.
Andando mais à frente vimos um monumento em homenagem aos estudantes e depois atravessando a ponte é que começa a maior parte do parque.
O Monumento da Paz das crianças, retratando uma menina com as mãos estendidas, foi criado em homenagem às crianças vítimas da bomba, muitas que sobreviveram tiveram câncer depois de algum tempo.
Mais para trás há o sino da paz e o Monte da memória onde estão as cinzas de milhares de pessoas que foram cremadas no lugar.
O parque ainda continua com o Monumento Chama da Paz, que só se apagará no dia em que não houverem mais armas nucleares no mundo.
O Cenotáfio das vítimas da bomba (Mausoléu) projetado para homenagear as vítimas e nele está escrito a frase “Descansem em Paz. Nós nunca repetiremos o erro”.
O centro do parque é o Museu Memorial da Paz onde há tudo referente à história da bomba e os efeitos na cidade.
Downtown Hiroshima e outras atrações
Hiroshima tem um centro da cidade movimentado e a rua Hondori é a mais famosa, ela é fechada para carros e cheia de lojas e restaurantes, ela começa perto do parque da paz.
Outras atrações da cidade são o Castelo de Hiroshima, o Museu da Mazda motor próximo da estação Mukainada e o Shukkeien Garden, um jardim que tem vales, montanhas e florestas, representados em miniatura em paisagens do jardim e fica a 15 minutos a pé da estação de Hiroshima.
Castelo de Hiroshima
O Castelo de Hiroshima, que fica a uns 15 minutos de caminhada do parque da paz ou a 10 minutos da parada de ônibus Kamiyacho-Nishi ou Kamiyacho-Higashi.
No caminho vimos um pouco da cidade, talvez por ser uma segunda-feira não haviam muitas pessoas andando pela rua.
Haviam algumas placas na rua e o castelo pode ser visto de longe, é possível achar sem problemas.
Assim como os outros castelos que visitamos, este também tem um parque em volta, não com tantas cerejeiras em volta, mas não deixa de ser bonito!
O castelo de Hiroshima tem as cores mais nos tons de madeira e cinza e não deixa de ser muito charmoso! A entrada custa 350 yen.
Ele também é conhecido como “Carp Castle” ou “Castelo Carpa”, aliás, é um símbolo muito adorado no Japão e principalmente em Hiroshima vimos bastante.
As carpas representam a resistência, a coragem e a perseverança.
O castelo foi construído em 1589 pelo poderoso senhor feudal Mori Terumoto, foi um importante centro de poder no Japão Ocidental.
Ao redor do castelo, também há um santuário, algumas ruínas e alguns edifícios reconstruídos da Ninomaru (segundo círculo de defesa).
O castelo foi poupado da destruição que muitos outros castelos tiveram ao longo dos anos no Japão, mas infelizmente, como o resto da cidade, foi destruído pela bomba atômica em 1945.
Reconstruído após a guerra, ganhou um museu pequeno, sobre a história de Hiroshima, desse castelo e de outros.
Assim que entramos no castelo haviam algumas coisas à venda, sempre tem lojinha e todo o pessoal muito simpático.
Havia também um lugar para tirar fotos com Yukata/Kimono florido e uma armadura de samurai!
Pense em três turistas SUPER FELIZES fazendo caras e bocas, tirando várias fotos e rindo à toa com as fantasias! Éramos nós!
Depois da sessão de fotos, visitamos o museu no castelo e todos os 5 andares. Subimos ao último andar para ver a vista da cidade.
E quando estávamos saindo um “quase” pôr do sol deixava o céu lindo!
Após o castelo de Hiroshima, queríamos ir à Nagasaki, mas não ia dar tempo e ainda tinha Miyajima para conhecer, adorei as fotos do lugar e queria conhecer o famoso tori flutuante.
Decidimos ir para a ilha de Miyajima. O o caminho que escolhemos foi um problema.
Ilha de Miyajima
Depois de sair do Castelo, olhando no mapa, precisávamos voltar para a estação de trem de Hiroshima para ir de trem até o cais.
Então pegar o ônibus elétrico ali perto do castelo parecia ser mais perto, então escolhemos essa opção.
Pegar o ônibus elétrico da linha 2 com destino a Miyajimaguchi, custa 260 yen, ele é bem mais lento que o trem… e nós só descobrimos isso no caminho.
Por esse caminho levamos quase 1 hora para chegar ao cais. Já estava até com medo de ter pego o ônibus errado, pois não chegava nunca!
Então, para conhecer Hiroshima e Miyajima em uma dia é melhor ir primeiro para Miyajima e depois visitar as atrações de Hiroshima, incluindo a região central.
Acredito que assim o roteiro será melhor aproveitado.
Depois na estação Miyajimaguchi, fica o cais que sai o ferryboat para a ilha de Miyajima.
Miyajima é uma pequena ilha famosa pelo Santuário Itsukushima e seu Tori gigantesco, que parece flutuar na água na maré alta. É considerado uma das vistas mais belas do Japão.
Este santuário é centenário e na verdade Itsukushima também é o nome da ilha, mas o nome Miyajima tornou-se mais popular, significa “santuário ilha”, pois parece que o santuário e a ilha são um só na mente da população.
Quem passa a noite na ilha, geralmente quer experimentar algum ryokan (hotel tradicional japonês) ou ter mais contato com a natureza do lugar.
Assim como em Nara, há veados soltos pela ilha, eles são considerados mensageiros de Deus.
Chegamos no terminal ferry e já estava anoitecendo, para chegar ao santuário basta seguir da estação a rua a beira mar, de lojas e restaurantes e ver o Tori se aproximando, não tem erro.
Pelo visto as coisas fecham cedo por lá ou por ser segunda-feira, não sei, haviam um grupo de pessoas e alguns adolescentes animados indo para lá também na maior bagunça.
Infelizmente, minha câmera acabou a bateria e as fotos que consegui tirar não ficaram tão boas, pois já estava anoitecendo e as luzes não ajudavam muito.
O Santuário Itsukushima tem uma longa história e é um lugar sagrado para o xintoísmo, é formado por vários edifícios e suportado por pilares acima do mar.
O Tori “flutuante” fica a alguns metros em direção ao mar, quando a maré está baixa é possível ir caminhando até ele.
Como chegamos já anoitecendo não foi possível ver muito do santuário, mas a iluminação à noite é linda! Apesar do frio, para mim sempre é gostoso passear de frente para o mar.
A ilha ainda tem muita floresta virgem e animais, um teleférico para o Monte Misen e várias trilhas para caminhada.
Ao redor do santuário, há um museu de história, o Pavilhão Senjokaku com uma pagoda de 5 andares e do outro lado o Aquário de Miyajima. E ainda à 5 minutos de caminhada do santuário, há o Templo budista Daisho-in para visitar.
Infelizmente não pude visitar nem metade de tudo isso, mas já está reservado para minha próxima viagem ao Japão!
Depois de aproveitar um pouco e tirar algumas fotos, fomos voltando para o terminal do ferryboat, meus pés já estavam pedindo socorro, os da Nádia então nem se fala.
Foi muito bom conhecer Hiroshima e Miyajima, mas tínhamos um longo caminho pela frente até Osaka.
Esse foi nosso penúltimo dia viajando pelas cidades mais ao sul do Japão, depois partiremos para Tóquio novamente e isso significa também que a viagem está chegando ao fim.
Enquanto não acaba, sigam-nos os bons… e nas redes sociais que ainda tem mais aqui no Se vira no mundo!
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