Kyoto – 9º diário de viagem pelo Japão

Kyoto, no Japão, é uma das cidades mais fascinantes e bonitas para se visitar. Esta cidade histórica foi a capital do Japão, depois de Nara, por muitos anos, acumulando uma história riquíssima. Desde o início, Kyoto estava no meu roteiro, mas foi difícil escolher o que visitar, já que há tantas atrações imperdíveis e tão pouco tempo para explorá-las. Portanto, recomendo separar pelo menos 3 a 4 dias para conhecer bem a cidade.

No 9º diário de viagem pelo Japão, vou compartilhar um pouco da nossa experiência em Kyoto, a chamada “Cidade dos Samurais”. Fomos ingênuas ao pensar que poderíamos explorar a cidade em apenas um dia e meio, o que, claro, é impossível. Kyoto é repleta de templos, ruas antigas e preservadas, além de ter um ar de Japão imperial que contrasta com sua energia moderna e vibrante.

Como chegar a Kyoto?

Para chegar a Kyoto, a maneira mais conveniente é pegar um shinkansen a partir de Tóquio. A principal estação é a JR Kyoto Station, que faz parte da JR Tokaido Shinkansen. O tempo de viagem de Tóquio a Kyoto varia entre 140 minutos no shinkansen Nozomi, 160 minutos no Hikari, e cerca de 4 horas no trem Kodama. No entanto, se estiver vindo de Osaka, você pode pegar um trem rápido em Shin-Osaka, que leva em torno de 25 minutos até Kyoto.

Mapa de metrô e trem de kyoto

Mapa de metrô e trem de kyoto

Diário de viagem em Kyoto

Nosso dia em Kyoto começou cedo, seguindo a rotina quase diária de acordar, tomar café e pegar nossos mapas e endereços. Partimos de Shin-Osaka para Kyoto no shinkansen, com um destino especial em mente: o solo sagrado da Igreja Messiânica, religião da minha amiga de viagem, Nádia. O Japão é o berço dessa religião, e Kyoto abriga um dos locais mais importantes para seus seguidores, em Arashiyama.

De Kyoto Station, pegamos um trem pela Sagano JR Line até a estação Saga-Arashiyama, uma viagem de cerca de 20 minutos. Embora não soubéssemos muito sobre o lugar, logo descobrimos que Arashiyama é bastante popular, especialmente por sua bela floresta de bambus, que atrai visitantes na primavera e no outono.

Arashiyama: Um Encontro com a Tradição e a Natureza

Ao chegar em Arashiyama, pegamos um folheto com o mapa da região e começamos a explorar. Escolhemos sem querer o caminho mais longo, o que nos levou por ruas residenciais tranquilas, onde pudemos observar as casas, as pessoas e o cotidiano local. No final do quarteirão, encontramos a charmosa ponte Togetsukyo, conhecida como a “ponte da travessia lunar”, um ponto turístico famoso que oferece uma vista deslumbrante das colinas ao longe.

No centro de Arashiyama, vimos muitos visitantes, especialmente no templo Tenryuji, embora não tenhamos tido tempo de entrar. Encontramos o centro de informações, onde fomos muito bem atendidas, inclusive a atendente, escreveu o endereço em kanji para mostar no táxi e seguimos até o solo sagrado da Igreja Messiânica.

 

Ruas de Arashiyama em Kyoto

Ruas de Arashiyama

Arashiyama é muito arborizada

Arashiyama é muito arborizada e muitas árvores de cerejeira

Ruas bem movimentadas por causa do Hanami

Realmente ruas lotadas de gente!

Charrete japonesa <3

Em busca do centro de informações turísticas

Entrada para um pequeno parque e o Templo

Já amando Arashiyama

Solo Sagrado em Kyoto

Ao chegar ao solo sagrado, ficamos imediatamente impressionadas com a paisagem, que incluía árvores à beira de um lago e bambus. Fomos recebidas por um guarda japonês que, mal ouviu a Nádia perguntar sobre a igreja, e já disse para a gente entrar. O guarda falou algo como “burajirujin ok ok” bem rápido (brasileiro em japonês), e nos convidou a entrar sem hesitação. Este local é, de fato, muito visitado por brasileiros, o que deve ter facilitado a identificação.


Atualizado: Endereço Solo Sagrado em Kyoto, Japão – Igreja Messiânica

24 Sagahirosawa Ikeshitachō, Ukyo Ward, Kyoto, 616-8307, Japão


Explorar o solo sagrado foi uma experiência emocionante, especialmente para a Nádia, que estava realizando um sonho. O local é grande, com jardins bem cuidados, refletindo a filosofia da igreja. Enquanto a Nádia visitava a casa onde viveu o fundador da Igreja Messiânica, Meishu-sama, eu e a Sill ficamos do lado de fora, aguardando. Um homem simpático que falava português veio conversar conosco, e arecia que fazia uma eternidade que não escutávamos alguém mais falando nossa língua.

Entrada do Solo Sagrado

Mais da entrada pra mostrar os japoneses em fila saindo do solo hahaha

Olha que lindo!!

 

Quando o grupo foi saindo da casa, Nádia nos explicou que aquela havia sido a morada do fundador da igreja Messiânica, Meishu-sama e eles foram levados a conhecer a casa e sobre a vida dele lá. Demos a volta pela casa e pelo jardim com o grupo de visitantes, antes de ir embora.

Vista para o lago

Sakura por todos os lados

Adoro essa foto!

Chegando à saída paramos e nos demos conta… Como a gente vai voltar para a estação? Não tinha muita coisa em volta, uma ou outra casa e não sabíamos nome ou número de ônibus, mas estávamos com sorte e logo passou um táxi vazio, acenamos e ele nos levou de volta para a estação. Quem quiser saber mais sobre Arashiyama tem aqui, eu quero voltar lá um dia para conhecer a floresta de bambus.

Templo Kinkaku-ji: o pavilhão dourado

De volta à estação de Kyoto, decidimos, então, visitar o famoso Templo Kinkaku-ji, o Pavilhão Dourado. A estação de Kyoto, por sinal, é uma atração por si só, com seu estilo futurista e amplos espaços envidraçados, e é fácil de se perder lá dentro. Como Arashiyama nos tomou mais tempo do que o planejado, optamos, assim, por visitar apenas o Kinkaku-ji.

Saindo da estação, há umas 3 ou 4 linhas de ônibus (220 ienes) que vão para o Templo Kinkaku-ji. Eu pesquisei os ônibus no Jorudan e no meu guia do Japão (Guia visual da Folha de SP), e quem tem o JR Pass pode usar em algumas linhas de ônibus. Os ônibus anunciam as próximas paradas, seja no alto-falante ou no letreiro dentro do ônibus.

Apesar da chuva que começou a cair, compramos guarda-chuvas e seguimos, sem hesitar, para o templo. A visita ao Kinkaku-ji é uma experiência única. O templo é uma estrutura de três andares, sendo os dois últimos folheados a ouro, refletindo a extravagância da época do shogun Ashikaga Yoshimitsu. O caminho arborizado que leva ao templo oferece vistas incríveis, e o jardim circundante é repleto de trilhas, pequenas cachoeiras e estátuas que, dizem, trazem sorte.

Entrando no Kinkakuji

Entrando no Kinkakuji

O começo de um jardim lindo!

Mesmo com chuva o lugar é bonito!

Dourado com chuva

Paisagem linda

Vários caminhos e jardins dentro do complexo

Tão japonês esse lugar!

Diversas representações da cultura pelo complexo, uma visita guiada deve ser bacana!

Vários áreas bem legais no jardim

E lojinha ao lado

Local para oração e pedidos

Finalizando o dia em Kyoto

Após a visita ao templo, a fome apertou, então decidimos ir até o bairro de Gion, famoso pelas suas casas tradicionais e pelas gueixas. Pegamos um táxi até a estação Karasuma, onde encontramos muitos shoppings e restaurantes. Acabei escolhendo um prato com peixe e camarões empanados que estava delicioso.

Meu jantar

Exploramos Gion um pouco mais antes de decidir voltar a pé para a estação de Kyoto. O bairro estava tranquilo, e embora não tenhamos tirado muitas fotos, a experiência de caminhar por ali foi inesquecível. Refletindo agora, fiquei triste porque tenho foto do restaurante com um caranguejo GIGANTE na fachada, mas não tenho de Gion, nem das gueixas. Fiquei com vontade de comer no restaurante, achei demais essa fachada.

Não é em todo lugar que você encontra uma fachada assim

No caminho, passamos pela Kyoto Tower, mas infelizmente ela já estava fechada. Antes de pegar o trem de volta para Osaka, ainda demos uma passada em algumas lojas de souvenires e artesanatos. De volta para estação de Kyoto, em frente avistamos uma fonte e ouvimos uma música, chegando mais perto vimos que os jatos de dágua estavam dançando conforme a música. É encantador, dá vontade de ficar um tempão lá observando e ouvindo.

Kyoto Tower

Aqua Fantasy

Aqua Fantasy

A principal entrada da Kyoto Station

Hoje foi mais um dia intenso em Kyoto, mas saímos com a sensação de que precisávamos voltar para explorar ainda mais. Mal arranhamos a superfície dessa cidade incrível!

Gostou do relato? Continue acompanhando nossos diários de viagem pelo Japão e explore mais do mundo com a gente no blog!

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Erika Silva

De boa e tranquila por fora, ansiosa e planejadora por dentro. É designer gráfico, na casa dos trinta anos, amante de filmes, séries, desenhos, música, chocolate com coco, livros e sobremesas.

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4 Comments

  1. Manuela Jung disse:

    Oi Érika! Parabéns pelo blog! Por acaso tu terias o endereço do templo da igreja messiânica? Estou indo para Kyoto e gostaria de ir! Será que sua amiga Nádia pode ajudar? 🙂
    Obrigada e um abraço!

    • Erika Silva disse:

      Olá Manuela, falei com a Nádia e ela me passou o endereço:
      Nome: Heiankyo ou Heian-Kyo (Vi escrito das duas formas)
      Endereço: Ukyo-Ku, Kyoto 24-1 Sagahirosawaikeshita cho
      Para encontrar no google maps só consegui com o endereço escrito assim: Ukyo-Ku, Kyoto 24-1 Sagahirosawa cho
      Aqui tem o site da igreja (precisa traduzir a página com o google) com o endereço, mapa e outros caminhos para chegar ao local: http://www.heiankyo.org/access/index.html
      Espero ter ajudado e obrigada por curtir o blog! abraço 😀

  2. Mariana disse:

    Olá Erika! Parabéns pelo blog, foi graças à ele que inseri Kyoto nos meus planos para o Japão, realmente muito interessante! Uma coisa que me chamou muita atenção, foi como o Kinkaku-ji (templo folhado à ouro) estava vazio! Por se tratar de um símbolo da cidade, o lugar não tinha quase ninguém, imagino o quão gostoso isso tornou o passeio de vocês. Poderia me informar em que dia da semana foram, e a época do mês, só para eu ter uma base. Obrigada e parabéns novamente pelo blog!

    • Erika Silva disse:

      Olá Mariana, fico feliz que tenha gostado do blog! A nossa viagem ao Japão foi no começo de abril e acho que visitamos o Kinkaku-ji numa quinta ou sexta feira, no meio da tarde. Como o tempo estava chuvoso, talvez seja por isso que estava mais vazio, mas o lugar é grande, tem mais jardins, não deve ficar cheio com frequência, evite viajar no final de abril a começo de maio, quando os japoneses tem a “golden week”, umas 2 semanas de feriados.
      Se tiver mais dúvidas pode perguntar! Obrigada por acessar o blog! Bjos

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