No nosso 11º diário de viagem, vamos conhecer as cidades de Atami e Yokohama, a primeira uma cidade litorânea na região de Shizuoka e a segunda, uma das maiores cidades do Japão.
Atami
A cidade de Atami, fica na península de Izu, região de Shizuoka a 50 minutos de shinkasen de Tokyo.
Não é uma cidade grande, é bem tranquila na verdade, conhecida por resorts de onsens. Lá também fica uma das unidades do Solo Sagrado da Igreja Messiânica, religião da Nádia e também o Museu de Arte (MOA Bijutsukan).
Como chegar
De Shin-Osaka à Atami levamos 2h20 de shinkansen, tomamos cuidado de ver quantas paradas tinha no caminho e não teve jeito, tínhamos que pegar o shinkansen com várias paradas.
Atami é longe de Osaka, está bem mais perto de Yokohama e Tokyo. Fizemos a pesquisa dos trens, através do site Jorudan e com as informações que a Nádia trouxe.
No meu guia do Japão não tinha nada sobre a cidade mesmo, a cidade de Hakone é mais famosa na região.
Diário de viagem em Atami
O dia estava bonito e agradável, mas garoando ás vezes. Chegamos na estação de Atami por volta de meio dia e resolvemos almoçar logo, o jeito mais rápido perto dali era o McDonalds.
Compramos nossos lanches e enquanto estávamos comendo, um garotinho japonês, na mesa ao lado, reparou na gente, ele estava acompanhado da mãe e outras mães com filhos.
Foi um momento bem engraçado, porque eles estavam lá conversando e de repente ele reparou na Nádia e ficou olhando com uma cara curiosa e intrigada, tipo assim “O que aconteceu com você? Porque você é assim, cadê seu olho puxado?” haha
Ele olhou para a Silvia, para mim e começou a falar umas coisas em japonês, nós fizemos gestos dizendo “Oi” e que não entendemos ele, mas continuava com a cara de interrogação!
Depois a mãe dele chegou e conversou com ele, falou pra ele dizer o nome, mas eu não me lembro e disse pra ele falar a idade em inglês, “I have 6 years old”, mas ele falou tudo enrolado e foi muito fofo!
Nessa hora de novo queria muito saber falar japonês!
O Museu de arte (MOA Bijutsukan) e o Solo sagrado da Messiânica ficam no mesmo local, são 10 minutos de ônibus da estação de Atami, bem fácil chegar e custa 160 ienes.
Eles ficam lindamente localizados nas encostas, mais acima da cidade.
O museu foi inaugurado em 1982, baseado na coleção de Mokiti Okada, ele foi um grande colecionador de arte e fundador da Igreja Messiânica (Meishu-sama) e também fundou o Museu de Arte de Hakone.
Assim que chegamos fomos visitar o museu, é enorme e lindo.
Logo na entrada é preciso subir várias escadas rolantes uma mais comprida que a outra, mas é encantador, pois as luzes do teto vão mudando de cor dando um efeito lindo e no topo das escadas (quase no céu), o hall tinha um teto muito loko, também com efeito de luzes, efeito “espacial”, só vendo nas fotos mesmo!
O museu exibe uma impressionante coleção de arte japonesa e arte do oriente asiático, incluindo pinturas, obras de caligrafia, esculturas e entre outras coisas, também tem um jardim de estilo japonês e um “teatro” para cerimônia do chá (deve ser de apresentações também).
Passeamos pelos corredores vendo as obras (não podia tirar fotos), ilustrações, pinturas, armaduras e espadas muito bacanas.
O teatro onde se pode ver uma cerimônia do chá, é lindo, mas estava fora do nosso horário.
Do lado de fora do museu, fica um jardim, com esculturas e uma vista linda para o mar e a cidade, dá vontade de sentar e ficar olhando a tarde toda.
Solo Sagrado Igreja Messiânica
Nos dirigimos para a Igreja Messiânica, ao lado do museu. Entramos e fomos andando pelo prédio, ficamos meio perdidas, pois não tinha ninguém na recepção na hora.
Só depois de um tempinho, encontramos uma jovem japonesa muito prestativa e que falava um pouco de português.
Ela nos guiou para conhecer o salão onde fica o altar, na verdade é um anfi-teatro, pois é enorme. A moça nos deixou à vontade e a Nádia já estava emocionada (e depois também fiquei junto com ela).
Como não sou da religião, não posso entrar em detalhes nessa parte, mas se quiserem mais informações deixem nos comentário, ok?!
É admirável como a Messiânica agrega a natureza em seus lugares sagrados, tudo é rodeado de natureza e muito bem cuidado, a vista também é muito bonita, ficamos um bom tempo passeado pelo jardim admirando e tirando fotos.
É possível visitar também o Castelo de Atami, que fica perto do mar, mas mais para o alto, seu observatório tem uma linda vista de Atami e da baía de Sagami.
O castelo abriga uma exposição sobre os diferentes castelos no Japão, talvez porque tenha sido construído já em 1959, somente como atração turística.
Dá para se vestir com fantasias do período Edo, resolver enigmas japoneses e na época do hanami é popular para ver o florescer da sakura.
Claro que, quando os momentos são bons o tempo passa rápido e tivemos que ir embora, fomos pegar o ônibus de volta para a Atami Station, a intenção era ir para Hakone, mas achamos que ficaria longe e demorado para voltar, resolvemos dar um pulo em Yokohama.
Um pulo em Yokohama
Para chegar em Yokohama de shinkansen, leva-se em torno de 30 minutos de Atami até (Shin-)Yokohama.
A estação é grande e bem moderna, muito bem sinalizada, afinal Yokohama é a segunda maior cidade do Japão, está localizado a menos de meia hora de Tóquio.
Aliás, Yokohama é bem parecida com Tóquio, com seus arranha céus e edifícios modernos, tem muitos lugares para visitar.
Nós queríamos ir ao estádio de Yokohama, mas era meio longe, andamos um pouco em volta da estação e fomos ao Museu do Ramen.
Grande parte do centro de Yokohama pode ser explorada a pé, você pode caminhar de Minato Mirai pela orla, Osanbashi Pier até a região de Chinatown, se estiver com bastante disposição.
Se não quiser andar tanto, pode pegar um ônibus da estação de Sakuragicho, que passa pela maioria dos lugares interessante em Yokohama, nas estações é possível ter mais informações.
Depois na volta, me dei conta que não tirei fotos das ruas de Yokohama só do museu. Sumimasen.
Museu do Ramén
O Shinyokohama räumen Museu é um museu único sobre ramen, o prato de macarrão japonês muito famoso que foi originalmente introduzido da China, o nosso famoso Miojo é um derivado dele.
No Japão ele é diferente, tem muitos tipos e sabores.
Em uma galeria no primeiro andar, o Museu do Ramen apresenta a história do macarrão instantâneo no Japão.
Ele mostra a variedade de macarrão, sopas, recheios e taças usadas em todo o Japão, e mostra como o macarrão é feito.
Nós ficamos nesse primeiro andar vendo tudo, vendo a história e tal, mas não tinha nada de mais, era TÃO pequeno para um museu, ficamos decepcionadas, pois falaram bem desse museu, que era legal e tal.
Compramos um ramen pra comer em casa e quando estávamos querendo ir embora prestamos atenção em uma entrada que várias pessoas entravam e saíam, achamos que era só um restaurante e decidimos ver…
Geeeenteeee o museu MESMO era lá embaixo! Nós ficamos surpresas com o cenário todo que eles criaram é muito show!
Nos dois andares do porão, os visitantes podem explorar uma RÉPLICA EM TAMANHO REAL de algumas ruas e casas de Shitamachi, a cidade velha de Tokyo em 1958, quando a popularidade de ramen foi aumentando, tem vários restaurantes lá, cada um com um prato de ramen de diferentes regiões do Japão.
Ficamos encantadas, os cenários são ótimos, parece que estamos mesmo em outra década!
E tudo lá é com desenhos ou ingredientes do ramen, comprei um prato cheio de doces com formato de ramen.
Quem quiser pode experimentar vários pratos, os ingressos para as refeições são comprados em máquinas de venda automática na frente de cada loja antes de entrar.
Saímos do museu muito felizes e animadas. Foi uma surpresa muito gostosa esse museu do rámen.
E já na estação de Yokohama fomos comprar uma bebida na máquina e eis que achamos mais latas comemorativas de Dragon Ball, achei a 1ª lata em Nara.
A Nádia pegou a do Piccolo e eu consegui pegar a do Goku! eeeeehhh
Finalizei meu dia com chave de ouro! haha
Amei conhecer Atami e Yokohama, vejas os outros diários de viagem do Japão? Deixem comentários.
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