Nara – 8º diário de viagem pelo Japão
08/05/2016Links do mundo #01 – Viagens, organização, videos e nerdices
30/05/2016Kyoto, no Japão é uma das cidades mais interessantes e bonitas para se visitar, cidade histórica que foi capital do Japão (depois de Nara) durante muitos anos, por isso tem uma história riquíssima.
Desde o início estava no meu roteiro, mas foi difícil escolher o que visitar, tanta coisa bacana para ver e em pouco tempo, separe pelo menos 3 a 4 dias para conhecer melhor a cidade.
No 9º diário de viagem pelo Japão vamos conhecer um pouco de Kyoto e ter apenas uma ideia da “Cidade dos Samurais”, pois nós fomos ingênuas em achar que dava para conhecer a cidade em 1 dia e meio apenas, coisa de principiante.
São muitos templos, ruas pequenas antigas e preservadas, aquele ar de Japão imperial, em meio a uma cidade viva e moderna.
Como chegar a Kyoto?
Para chegar a Kyoto, pegue um shinkansen a partir de Tóquio. A principal estação é a JR Kyoto station, que faz parte da JR Tokaido Shinkasen.
De Tóquio a Kyoto são 140 minutos de shinkansen super rápido (Nozomi), 160 minutos de shinkansen rápido (Hikari) e umas 4 horas de trem mais comum (Kodama).
A partir de Osaka, pegue um trem rápido em Shin-Osaka para kyoto station, leva em torno de 25 minutos.
Diário de viagem em Kyoto
Para começar o dia, fizemos nossa rotina quase diária de viagem, acordamos cedo, tomamos café, pegamos os endereços, mapas e fazemos nosso caminho até Shin-Osaka e de lá para Kyoto de shinkansen.
E hoje precisávamos visitar o solo sagrado de Kyoto da Igreja Messiânica, religião da Nádia, minha amiga de viagem. O Japão é o berço dessa religião e seus ensinamentos, no Japão, existem diversos lugares para visitar e em Kyoto o lugar aonde vamos é Arashiyama.
De Kyoto Station à Arashiyama é necessário pegar um trem pela Sagano JR line, leva-se mais ou menos 20 minutos até a estação Saga- Arashiyama.
Não sabíamos muito do lugar, precisávamos descer na estação e procurar o centro de informações, mas não conseguimos informações na estação, tivemos que procurar pelo bairro.
E foi aí que descobrimos que Arashiyama é um local bastante visitado e muito bonito também, principalmente na primavera e outono, por causa da floresta de bambus.
Com um folheto nas mãos e uma foto do mapa da região, fomos explorar o lugar, e sem querer, escolhemos o caminho mais longo (haha), caminhamos por ruas residenciais primeiro, mas é bacana ficar observando como são as casas, ruas e pessoas.
No final do quarteirão (quando já estávamos quase desistindo) saímos em uma avenida grande, com um rio e uma ponte charmosa, que depois descobri que se chama Togetsukyo, a ponte da travessia lunar.
É um ponto turístico muito conhecido, ao longe um vista bonita para alguns morros, muita beleza natural!
Mais à frente chegamos num tipo de “centro” de Arashiyama, muitas pessoas passeando e visitando o templo Tenryuji (pena que não deu tempo de visitar).
Encontramos o local de informações e a responsável que nos atendeu foi atenciosa, inclusive escreveu o endereço em kanji para nós. Como parecia ser demorado a pé, pegamos um táxi até o solo sagrado da igreja.
Solo Sagrado em Kyoto
Chegando na entrada do solo, havia uma paisagem linda com árvores à beira de um lago e bambus.
Logo na entrada um guarda japonês que acho não falava inglês, mal ouviu a Nádia perguntar sobre a igreja e já disse para a gente entrar, falou algo como “burajirujin ok ok” bem rápido (brasileiro em japonês), ficamos pensando que ele devia saber um pouco de português, para já saber que éramos brasileiras, a gente mal falou com ele.
Bom, mas acontece que muitos brasileiros da igreja messiânica visitam este local, ele devia estar acostumado.
Atualizado: Endereço Solo Sagrado em Kyoto, Japão – Igreja Messiânica
24 Sagahirosawa Ikeshitachō, Ukyo Ward, Kyoto, 616-8307, Japão
Entramos no solo da igreja e estava muito feliz por ter encontrado o lugar, sei que era muito importante para a Nádia. O local do solo é grande, com um jardim muito bonito e bem cuidado, de acordo com a filosofia da igreja.
Não vou entrar em detalhes sobre a Igreja, tenho medo de escrever besteira aqui, já que não sigo a religião (quem sabe a Nádia escreve um post depois), mas posso dizer que o lugar é lindo e cheio de significado.
Havia uma casa grande onde as pessoas entravam em grupos para visitar, a Nádia entrou, a Sill e eu ficamos esperando do lado de fora.
Depois de um tempo um homem veio falar conosco, ele falava português, por sinal muito bem, explicamos que estávamos esperando nossa amiga. Parecia que fazia uma eternidade que não escutávamos alguém mais falando nossa língua.
Quando o grupo foi saindo da casa, Nádia nos explicou que aquela havia sido a morada do fundador da igreja Messiânica, Meishu-sama e eles foram levados a conhecer a casa e sobre a vida dele lá. Demos a volta pela casa e pelo jardim com o grupo de visitantes, antes de ir embora.
Chegando à saída paramos e nos demos conta… Como a gente vai voltar para a estação? haha
Não tinha muita coisa em volta, uma ou outra casa e não sabíamos nome ou número de ônibus, mas estávamos com sorte e logo passou um táxi vazio, acenamos e ele nos levou de volta para a estação.
Quem quiser saber mais sobre Arashiyama tem aqui, eu quero voltar lá um dia para conhecer a floresta de bambus.
Templo Kinkaku-ji: o pavilhão dourado
Voltamos para a estação de Kyoto, que, aliás, é enorme, uma atração à parte, parece que tem de tudo lá.
Um estilo futurista, com conjunto de espaços altos com umas partes de vidro, espaços abertos, um lugar muito fácil de se perder procurando uma saída (Só perde pra Shinjuku e Tokyo station). Foi o que aconteceu com a gente, mas nós achamos o caminho de novo.
Como levamos mais tempo do que planejamos em Arashiyama, fomos visitar apenas o Templo Kinkaku-ji: o pavilhão dourado. Aliás, difícil fazer um roteiro para conhecer Kyoto, precisa de pelo menos 2 dias com um roteiro enxuto e muito pique para andar.
Optamos por ver primeiro um dos templos mais distantes e depois ir voltando e vendo o que havia pelo caminho, não sei se foi a melhor escolha. O ideal é ficar hospedado em Kyoto para conhecer melhor.
Nesse meio tempo, começou a chover, às vezes garoa, ás vezes uma chuva mais grossa, compramos guarda-chuva para conseguir continuar nosso passeio mesmo com chuva, pois não dava pra desperdiçar o dia por causa de uma chuvinha.
Saindo da estação de Kyoto tem umas 3 ou 4 linhas de ônibus (220 ienes) que vão para o Templo Kinkaku-ji, eu pesquisei os ônibus no Jorudan e no meu guia do Japão (Guia visual da Folha de SP), quem tem o JR Pass pode usar em algumas linhas de ônibus.
O ponto negativo é que demora mais pra chegar e o ponto positivo é que os ônibus anunciam as próximas paradas, seja no alto-falante ou no letreiro dentro do ônibus.
Quem visita o Kinkaku-ji (custa 400 ienes) entra por um caminho arborizado, que leva ao jardim onde está o pavilhão, que é uma estrutura linda de três andares com vista para um lago, as duas últimas folheada a ouro.
O templo foi construído para mostrar a cultura extravagante da época do shogun Ashikaga Yoshimitsu, antes era sua casa de campo e tornou-se templo após sua morte em 1408.
O jardim tem algumas trilhas, primeiro nós passamos na frente e vai contornando e passando por trás do Kinkaku-ji, depois o caminho nos leva a ver mais o jardim, onde havia algumas esculturas, uma cachoeira pequena e estátuas onde se joga moedas para dar sorte, no final há o Sekkatei Teahouse, o jardim do chá e ainda lojinhas.
Final do dia em Kyoto
Saindo do templo estávamos morrendo de fome, ficamos procurando onde podíamos comer. Queria ir para o bairro de Gion, onde tem casas tradicionais, culturais e as Gueixas e para ser mais rápido pegamos um táxí até a avenida e estação Karasuma.
É uma região de muitos shoppings e muitas lojas comerciais, entramos em um e achamos um lugar bom pra comer. Queria comer Udon, mas não gostei da cara do prato hehe, pedi um com peixe e camarões (enormes) empanados, arroz e umas coisas que não sei o nome, uma delícia.
Nesse momento esquecemos nosso roteiro e apenas exploramos. Nessas horas senti falta de falar japonês para poder andar mais livremente, tentei ver um ônibus, mas não é fácil pegar os ônibus no caminho, sem saber o nome direito.
Resolvemos voltar para a estação de Kyoto caminhando e ir conhecendo o que viesse pelo caminho. Ficamos um pouco com receio, pois já era noite e não tinha muitas pessoas naquelas ruas, mas foi tranquilo, inclusive andamos pelo bairro de Gion sem saber (haha), por isso nem tenho foto.
Refletindo agora, fiquei triste porque tenho foto do restaurante com um caranguejo GIGANTE na fachada, mas não tenho de Gion, nem das gueixas. Fiquei com vontade de comer no restaurante, achei demais essa fachada.
Um pouco antes da estação de Kyoto, existe a Kyoto Tower, um observatório de onde é possível ver toda a cidade, mas já estava fechada quando chegamos.
Aproveitamos e entramos numa loja grande de mangas e algumas lojas de artesanato e souvenires, para fazer comprinhas.
De volta para estação de Kyoto, em frente avistamos uma fonte e ouvimos uma música, chegando mais perto vimos que os jatos de dágua estavam dançando conforme a música.
É encantador, dá vontade de ficar um tempão lá observando e ouvindo.
Voltamos para Osaka e o caminho de volta pareceu uma eternidade. Hoje foi mais um dia em que não estávamos satisfeitas, queríamos voltar a Kyoto e conhecer mais e mais, não vimos nem metade da cidade!
Veja mais sobre Kyoto e continue acompanhando nossos diários de viagem pelo Japão.
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